Nossa sociedade é necrófila mesmo...Ama seus mortos e menospreza seus vivos...
Poucos sabem aqui em Lages, mas o escritor autóctone Cristovão Tezza, que saiu de Lages com 10 anos, acaba de ganhar o prêmio Jabuti, de Literatura. Uma pesquisa na cidade (informalmente eu já fiz) mostrará que a esmagadora maioria nem ouviu falar nele. O Correio Lageano fez uma matéria, de meia página dia desses com ele, mas a repercussão foi quase nula, infelizmente...
No entanto, a jovem Eloá Pimentel tem sido considerada, após morta, uma DEUSA, quase incólume em seus 15 anos de vida. A ação da doação de órgãos da família foi algo grandiosa (meus amigos já sabem, quero doar tudo se um dia eu morrer, o que dúvido que aconteça...), mas o que mais questiono há muito tempo é nós valorizarmos muito mais os mortos (Airton Senna, Garrincha, Mamonas, entre outros) que os aqui estão.
Envio uma foto do Tezza, pra mostrar aos amigos que ainda não conhecem (devem ser poucos), pra melhor situar um valor lageano.
T+
4 comentários:
Boa Marcão! Realmente não dá para entender a mídia erguendo a Eloá ao patamar de heroína pelo motivo de ter tido uma morte trágica. E grande lembrança a do Tezza, ele ganhou o prêmio de melhor livro de romance do ano com "O filho eterno",lançado pela editora Record. Um grande lageano conquistando o Brasil!
É verdade.
Hoje me informei e vou iniciar as tratativas de traze ele pra palestra em Lages...tomara que dê!
Abraço
A mídia de massa é a grande responsável por isso... o que Eloá fez de grandioso, morrer? (tantas pessoas morrem todos os dias). Foi triste sim, mas não é por isso que vamos "cultutar" a menina. Mas logo todos, menos a família claro, esquece e começa a focar outra tragédia.
É verdade Suzane.
A mídia do desastre e não do mérito...
No entanto parece que vender é mais importante que informar...
Mas assim caminha a Humanidade...
vou comentar este filme tb qualquer dia desses...
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