O Senhor das Moscas - Livro e Filme

Revi recentemente o filme o Senhor das Moscas, do diretor Hank Hook, com Chris Furrh e Paul Getty. Assisti o mesmo quando eu tinha 20 anos e me causou, naquele ano (1991), certa repugnância e revolta, mais pelos aspectos de maldade das crianças e pela choramingança do principal personagem (pra mim), o Porquinho Asmático. De trágico desfecho, nem percebi as mensagens subliminares que o enredo porporcionava, tanto que achei o final frustrante naquele ano.
Ao rever, percebi em mim mesmo a oscilação na leitura dos fatos, ou seja, quando vc assisite ou lê alguma coisa entumescido de ideologia, seja de esquerda ou de direita, temos uma tendência a interpretar de certa maneira a obra. Hoje, como abandonei qualquer hipocresia de solução coletiva, vendo o filme, pude vincular os personagens a determinados sistemas propostos ao longo das últimas décadas, como democracia, os governos, a ciência, entre outros. Um bom filme, de difícil acesso (Professor Roberto Caramori que me emprestou) e que vale a pena ser visto.
Isso me impulsionou a pegar com a professora Marcia Frozza o livro homônimo, do escritor inglês Wiilian Golding (Prêmio Nobel de Literatura em 1983). Como na maoria das vezes, o livro é mais rico, completo e reflexivo. Os personagens parecem flanar entre o que escreveu Golding e no que o Hook os transformou.
Recomendo ambos para os amigos, ver o filme pelas materializações das maldades dos meninos e ler o livro (diz que ele estabeleceu contra ponto com a teoria do Bom Selvagem, de Rosseau, mas não li).
Espero que gostem. É minha estréia sobre críticas de filmes e lviros. Vou abordar na sequência (dependendo do meus estado de espírito) Onde os Fracos Não tem Vez (Javier Barden incrível!!), Os Indomáveis, Elizabeth e o livro Adeus, China.
T+
Marco